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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

"Mensagem" de Bom Ano



mais um novo ano
mais guerras novas
que as velhas (raios...)
nunca mais morrem...
...e nós preocupados
com os aumentos!?...

está quase na hora do jantar,
abro o frigorífico
e a escolha é difícil!
que chatice... (raios...)
ter que fazer mais uma refeição...
...por falar nisso...
a Somália ainda existe?
...e nós preocupados
com a inflação!?

mas que importam todos
os conceitos e nobres filosofias,
se o que eu quero,
é apenas viver feliz
neste novo ano,
resolver de uma vez por todas,
o que destinar para as refeições
e continuar a ir aos concertos "? aid"
e vender armas para a próxima guerra.

...e dirão todos vós: RAIOS!!!
que estúpida contradição
tem este gajo!



eduardo roseira

BOM ANO e vamos reflectir no que fazer para que a nossa esperança, deixe de ser sonho, mas sim real.

(imagem: sapo.pt)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O DEGRAU - a Filomena Fonseca, autora do livro de Poesia "Os Degraus da Casa"






uma velha casa
um degrau que rangia
as suas memórias.

era a poesia
a passar!



eduardo roseira
JF Bonfim-Porto
21-Março-2009


(imagem: sapo.pt)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O QUE ME IRRITA


Mário Soares, disse um dia: “- Todos, temos o direito à indignação!” - Uma frase que de tão usada por “todos” e por “dá cá aquela palha”, me leva a ultrapassar os limites do tal “direito à indignação”, ao ponto de ficar verdadeiramente irritado, por dois motivos:


- Primeiro, com o uso e abuso da dita frase.

- Segundo, com o facto de na maioria das vezes, serem pessoas de responsabilidades ao nível do Estado, do Governo e da política, os quais se ficam apenas pelo acto de indignados, sem darem soluções, ou fazerem seja o que for, para resolverem os casos que lhes causam tal “direito á indignação”.

Eu, sinceramente, que me irrito e de que maneira!

E ao olhar para o que me rodeia, acreditem que me perco na longa lista de situações que me levam a dizer, entre outras coisas, que...



... O QUE ME IRRITA...

...é saber que existem pessoas que não vão a uma consulta ao Centro de Saúde, por não terem os cerca de três euros para pagar a taxa moderadora.

...é saber que muitos dos que vão a essa consulta, saem de lá com requisições de exames, análises e outro tipo de tratamentos que necessitam de fazer, mas não os fazem, por não terem dinheiro para tal.

... outros há, que saem das consultas com receitas para medicamentos, que nunca são comprados na farmácia, porque o dinheiro que tem no bolso, mal lhes chega para a alimentação, agravando assim o estado de saúde.

... noutras ocasiões, se chegam a comprar a medicação, por incrível que pareça, são forçados a “cortar” na alimentação, agravando na mesma a sua saúde.



...O QUE ME IRRITA...

...é saber que na maior parte destes casos, se encontram reformados, que trabalharam décadas a fio e actualmente recebem muito menos do que algumas pessoas que estão no desemprego, após terem trabalhado poucos meses, ou pior ainda, os que recebem o “máximo”, do chamado Rendimento Mínimo e até andam à “biscatada”, sendo que a maior parte deles nunca descontaram para a Segurança Social.

...é saber também, que mesmo no tempo das noites de Verão, em que sabe bem ir dar um pequeno passeio higiénico, existem pessoas, particularmente as idosas, que se resignam a um “cárcere privado” (1), embora por auto imposição, em virtude de terem medo de sair à rua, devido à insegurança que se faz sentir.

...é ter assistido a três energúmenos, após terem agredido um pacato cidadão sem qualquer razão aparente, à luz do dia, num parque público, terem feito frente, com insultos, ameaças, empurrões, recusarem-se a ser identificados e a serem levados para a Esquadra, perante nove, repito nove agentes da polícia.

...é ter ouvido um desses agentes a dizer, que nada faziam, porque no dia seguinte os indivíduos passavam por eles e ainda os gozavam, e que tinham também receio de os energúmenos em causa, mais tarde virem a declarar situações menos abonatórios, contra os agentes, que levassem os mesmos a ter que ir fazer umas “férias” em qualquer estabelecimento prisional deste País.

Para além disto e de muito mais, O QUE ME IRRITA, é saber que os tais que dizem ter “Direito á indignação!”, não param para ver, agir e solucionar, antes que muitos outros comecem a dizer, tal como eu:

- O QUE ME IRRITA...



eduardo roseira

(imagem: sapo.pt)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A MALDIÇÃO DOS TELEMÓVEIS


Toca o telemóvel, são quase duas horas da manhã, coisa rara, eu dificilmente tenho o “télélé” ligado a tal hora.


Olho para o visor – número desconhecido – não atendo porque desde sempre tenho por costume não o fazer, pois não dou ouvidos a pessoas que se escondem no anonimato.

O “anónimo”, (aquela hora não devia ser um vendedor?), volta a insistir por mais duas vezes – Irra que é chato! – penso para comigo – Não estranho de quem seja a chamada, pois todos os meus amigos e familiares sabem bem que não atendo quando surge – número desconhecido – no visor, portanto posso ir dormir descansado.

Já é Sábado, amanhã não trabalho e só volto a fazê-lo daqui por oito dias – féééérias – ah!, coisa boa, descanso e mais descanso.

Durmo até às duas da tarde, a única coisa que tenho em que pensar é para onde hei-de ir nestes próximos dias, a escolha é fácil, ou seja, vou para perto porque os euros são poucos, quanto ao resto é ir até à praia e entreter-me com a leitura de uma ou outra revista de viagens com paisagens paradisíacas… e sonhar.

Por falar em viagem e sonho, já me contentava com uma ida a Paris, só que o que se gasta na passagem de ida e volta, dá-me para uns bons dias de férias por cá, no campismo.

Revejo mais uma vez o saldo bancário e decido que amanhã bem cedo parto de viagem e vou acampar em Vila Nova de Mil Fontes, está decidido!

…………………………………………………………………………………..

Com tudo isto já são quase seis horas da tarde quando chego ao meu destino, como estou de férias e nunca fui “escravo” do telemóvel só o volto a ligar agora.

- Ena!? – tenho o aviso de três chamadas não atendidas, do – número desconhecido – e um SMS que dizia o seguinte:

- “Migo, tenho um tlm novo- 900 123 321. Tentei ligar éne X – parto pra paris às 5 da manhã, volto dentro 5 dias. Keres vir, dou-te boleia. Liga-me, bjs, lena”........



eduardo roseira

(Imagem: sapo.pt)

domingo, 27 de dezembro de 2009

O NATAL E O NATAL



Imaginem o vosso espanto, se de repente vos aparecesse pela frente alguém que vos dissesse:


- Eu não gosto do dia de Natal!

Com certeza, que ao ouvirem tal afirmação, umas pessoas ficariam chocadas, outras até estupefactas.

Eu pessoalmente, já não fico duma maneira nem doutra, ao ouvir tal frase.

Aceito normalmente, que as pessoas assim pensem, pelo facto de que eu conheço alguém que costuma dizer que não gosta do dia de Natal e que, para além de ser meu intímo amigo, é aquilo a que se pode chamar de, um homem com “H” grande!

Este meu amigo é das poucas pessoas que tem a coragem de dizer aquilo que pensa, tendo contudo, o cuidado de respeitar sempre as opiniões dos outros, mesmo quando são opostas à sua forma de estar, (coisa muito rara nos tempos que correm!...).

Mas, para exemplificar melhor a sua maneira de ser e pensar, este meu amigo, ao dizer que não gosta do Natal, dá como razão principal, nada mais, nada menos, do que o seu nome:

- MANUEL ANTÓNIO NATAL!

E é por via deste seu último nome, que ele afirma não gostar da quadra que recentemente festejamos.

Diz ele, com um ar de graça, mas cheio de convicção, que não tem necessidade do Natal para o ser, pois ele já o é desde que foi à pia baptismal.

Aos mais intímos, como eu, ele diz que aquilo que mais adora ver no Natal, é precisamente o que gosta de assistir durante todo o ano:

- O brilho dos olhos de uma criança, que sorri cheia de felicidade!

Ao dizer isto, o meu amigo, Manuel António Natal, transmite aquilo que de bom ele tem e é, na realidade, ou seja:

- Um bom homem!

Ele é mesmo, daquele tipo de pessoas, incapaz de mentir aos outros, com receio de se enganar a si próprio.

É uma pessoa que: - Adora a sua família; ajuda os pobres; olha pelos idosos; dá de vestir aos nús; dá comida aos que tem fome; visita os reclusos e doentes; faz imediatamente as pazes com os que lhe querem mal (coisa difícil); dá brinquedos e ternura às crianças! E faz tudo isto sem ser rico. Aliás a sua riqueza não é a do dinheiro, mas sim a dos valores!

Enfim, o meu amigo Natal, também se podia chamar, Paz, Amor, Fraternidade ou Alegria, que qualquer um destes nomes lhe assentaria perfeitamente.

Entre ele e eu só existe uma diferença.

É que a família, os pobres, os idosos, os nús, os que tem fome, os reclusos, os doentes, os amigos, os inimigos, as crianças e o ser bom, para ele são coisas que existem e das quais se lembra durante todos os dias que o ano tem. Enquanto que para mim, o Natal tem sido só em Dezembro!

Afinal, dou a mão à palmatória, é que ao dizer que não gosta do Natal, que tem mesmo razão é o meu amigo:

- Manuel António Natal!



eduardo roseira


(imagem: sapo.pt)

sábado, 26 de dezembro de 2009

"VENDIDA" A LISBOA



Após o Natal, voltamos ao real e cabe aqui tomar uma posição sobre o maior evento que até hoje aconteceu no Norte do País (que Portugal é só Lisboa).
Mas para lá de a Red Bull Air Race estar "vendida" à (e ao) capital, não podemos deixar de exprimir a nossa revolta nortenha, pelo facto de Lisboa, ter levado na parcela de Turismo do Orçamento, nada mais, nada menos do 75%!!! E o resto do País que se contente com a divisão dos restantes 25%!!!
Vergonhoso, especialmente quando TODO o País vai pagar o novo aeroporto, o TGV e o resto...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

EMBRULHO DE NATAL


natal!

tempo de prendas fazer
em caixas de diversos tamanhos.
tudo feito com peso
e de forma desmedida,
mesmo que sem dinheiro na conta.

não esquecendo as fitinhas
e lacinhos de ornamentos
a condizer, para alimentar
o ego e o faz-de-conta.

natal!
faz-se da ocasião, montra
para esquecer todos os erros
e mesmo até qualquer ingratidão.

natal!
é também tempo para desculpar
o habitual “coitado”,
que afinal nos dá razão
para dizer que:

- o natal serve-se frio e…bem embrulhado!



eduardo roseira

(imagem: sapo.pt)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O PINHEIRINHO DE NATAL



Papá, vens deitar-me que eu conto-te uma história!


— Disse a pequena Helena Sofia, uma miúda ladina de sete anitos.

Eis uma situação não muito habitual, que soou como uma prenda de Natal.

Já aconchegada no calor da cama, com o seu pai sentado ao lado, a pequena Lenita começou a sua história:

— “Se eu fosse um pinheirinho de natal…



os meus brincos eram duas bolas de enfeite.

Os meus olhos, duas estrelas a cintilar.

O meu cabelo entrançado, as fitas brilhantes que abraçam a árvore.

O meu narizito, um pequeno sino a anunciar a vinda do Jesus Menino.



Depois, pedia muitas estrelas emprestadas, para com elas fazer uma enfiada de luzes.

Da minha boca sairia uma brisa suave, na qual viajava o Pai Natal.

O gancho do meu cabelo, era o trenó em que o Pai Natal, carregava as prendas para todos os meninos.

O trenó trazia sacos e sacos.



Num trazia Paz.

Noutro pão.

Noutro ainda, amor.

Nos restantes, tudo de bom para o Mundo.

Depois, quando voltasse a ser menina outra vez, gostaria de ter como prenda...ser um pinheirinho de natal!!!”

.................................................



Gostaste papá? — perguntou Lenita, já meia ensonada e após um breve silêncio.

Sem palavras, o pai aconchegando-lhe a roupa, beijou-lhe a testa.

Entretanto a pequena Helena Sofia, com um doce sorriso nas faces já dormia.

Com que é que estaria a sonhar?



NOTA: História escrita por mim, eduardo roseira, baseada numa história contada pela minha filha Helena Sofia Nunes Roseira, aos sete anos (1992) e ilustrada com uma colagem feita pelo meu filho José Mário Vasques Roseira, aos quatro anos (2001).

Esta a minha prenda de Natal para todos vós.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

AI, A NEVE É TÃO CHIQUE



“Serra da Estrela!”


disse o Pai Natal

“Aspen!”

disse o Diabo

“Val d’Isére!”

disse o Menino Jesus

“Cortina D’Ampezzo!”

disse Deus



Welcome to Sierra Nevada

terra de nuestros hermanos

neve barata para aquecer a alma

pinheiros de Natal e ponche quentinho



O Diabo portou-se mal no avião

encheu o corredor todo de pipocas

deu vivas a Bin Laden em voz alta

e apalpou o traseiro à hospedeira



À chegada foram todos equipar-se

gastaram um dinheirão só em esquis

a estância é para tias bem burguesas

gajos com muito cacau para torrar



Na noite de Natal lá no hotel

o Pai Natal adormeceu de boca aberta

o gorro às três pancadas, pendurado

as botas a brilhar junto à lareira



O Diabo embebedou-se com bagaço

pôs-se a escrever poemas escabrosos

e a discutir com Deus, aos berros

as razões do Boavista ter sido campeão



A noite acabou com artes Plásticas

toda a gente a desenhar com marcadores

corações, dedicatórias ternurentas

na perna engessada do Menino Jesus





Ai, é tão chique um Natal na neve!



Luís Graça

In: “Florilégio de Natal – 2001”

Editada pela Tertúlia Rio de Prata,

de Lisboa.

(imagem: sapo.pt)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NÃO GOSTO DO PAI NATAL




Não gosto do Pai Natal


porque a mim já não me ilude:

todas as prendas que traz

dão-me cabo da saúde.



Traz no saco, que carrega,

cada vez mais sofrimento

e deixa-me logo «à pega»

baixando-me o vencimento.



Com discursatas perversas,

mil ilusões repartidas

enche o saco de promessas

que nunca serão cumpridas.



Eu não quero dizer mal

mas temos gostos opostos:

peço prendas plo Natal

e ele dá-me mais impostos.



E mal entra o Ano Novo

logo me cheira e pressinto

que eu, que pertenço ao Povo,

vou ter de apertar o cinto.



Sobe a água, sobe a luz,

e os aumentos são bem fortes

e, para aumentar a cruz

sobem também os transportes.



É pior de cada vez

que olho esse velho gaiteiro:

Já sei que vai sobrar mês

quando acabar o dinheiro.



No País em que vivemos

(somos quase 10 milhões)

Ali-Babás... poucos temos,

mas temos muitos ladrões.



Por isso é que não me ilude

este velhote atrevido:

Pai Natal é Robin Hood,

mas Robin Hood ... invertido.



Fernando Peixoto

(imagem: sapo.pt)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

VAZIOS...ou o outro lado do Natal




o seu muito

é o pouco

que têm.



a sua riqueza

é ter muito…

de nada.



à noite

num colchão

feito cartão/soalho,

sem tempo para insónias,

dormem com as nuvens…

como agasalho.



o seu sono

tem por companhia

o sonhar…

com nadas.



a sua vida

é feita

com a riqueza

de imensos

vazios…



eduardo roseira

   VNGaia

21/Dez/2009



(imagem: sapo.pt/www.combonianos.com)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ALEGRIA DE VIVER...(matemáticamente)



ai, deus meu!...
...um espelho partido...
...são sete anos de azar!!!

vou já partir mais três,
a ver se consigo
andar por cá
mais vinte e oito!!!

eduardo roseira
VNGaia
13/Outubro/2009

(Imagem: sapo.pt)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

uma nota...



uma nota
solta-se da pauta
e vai ao encontro
dum pássaro
a voar no céu,
que a segura na asa.

leva-a ao ninho
e deposita-a
nos pequenos bicos
que hão-de aprender
novos chilreios...

   eduardo roseira
      VNGaia
19/Outubro/2009

(imagem: sapo.pt)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DESESPERO...



... uma janela para o nada
num beco sem saída
numa casa desencantada
nesta cidade perdida...

  eduardo roseira
      VNGaia
4/Setembro/2009

(imagem: sapo.pt)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ES...QUE...CIMENTO...



sem folhas
despida
quase nua
a àrvore
            ainda erguida
num terreno
da minha rua
sobrevive
esquecida
à sombra de uma grua
amarela.
de quando em quando
espreito
da minha janela
e lanço a lanço
vejo o crescer
de paredes cimento
e assisto ao morrer
da àrvore no seu descanso
em lento...
muito lento
es...que...cimento...
................
................
assumi
de novo à janela
passadas algumas luas
e a àrvore já não vi...
...no seu lugar
existiam
mais duas gruas...

 eduardo roseira
    VNGaia
8-Outubro-2009
In:"20 anos Poesis/20 poemas"
(Imagem: sapo.pt)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

AO CARDUME E À VARA...



eh! freguês…


é o bom do robalo…

andava no mar em cardume

e foi pescado à vara.



é o bom do robalo…

é a dez…

é a dez…

é aproveitar…

é o bom do robalo…

leve lá, óh…freguês…

é só a dez…



o quê?...

a dez!?...

o preço do robalo?!...

puxa…está caro…

mais vale por outra

“espécie” trocá-lo,

ou então…

ou então…roubá-lo!



oh!,,, freguês…

olhe que é a bom preço

este bom do robalo…

além do mais, vou embrulhá-lo,

para si que é bom cliente,

num bom envelope…

vai ver que fica

aquilo que se chama:

um mimo…um regalo…
eh! freguês…


é o bom do robalo…

andava no mar em cardume

e foi pescado à vara.



é o bom do robalo…

é a dez…

é a dez…

é aproveitar…

é o bom do robalo…

leve lá, óh…freguês…

é só a dez…



o quê?...

a dez!?...

o preço do robalo?!...

puxa…está caro…

mais vale por outra

“espécie” trocá-lo,

ou então…

ou então…roubá-lo!



oh!... freguês…

olhe que é a bom preço

este bom do robalo…

além do mais, vou embrulhá-lo,

para si que é bom cliente,

num bom envelope…

vai ver que fica

aquilo que se chama:

um mimo…um regalo…



oh!…freguês…

escute…escute…

é aproveitar…

é aproveitar…

antes que esgote.

oh!... freguês…

olhe que a oportunidade

ainda lhe escapa…

leve…leve o bom do robalo

mesmo ao preço da sucata!....


  eduardo roseira
       VNGaia
10/Dezembro/2009




(imagens retiradas do sapo.pt)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ACRÓSTICO ANTI-NATAL




Fomenta a discórdia
Entre os que te rodeiam
Lacra os sentimentos
Insulta tudo e todos
Zaragateia a toda a hora

Nega os teus sorrisos
Atropela a inocência
Tortura os animais
Atormenta o teu próximo
Lubrifica toda a tua mesquinhez

(… e então, verás tudo aquilo que não desejas que te façam…)


eduardo roseira

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

MANGUITO...



... e no dia em que um caixão
me couber em sorte...
... partirei então...
sorrindo e fazendo
um grande manguito à morte!

                   eduardo roseira
                         VNGaia