a
que chamam terrorismo.
-
Sou o terror dos metropolitanos,
dos
“coca-colas” e até dos turras.
-
Porque o pó que se respira,
é o
pó da pólvora queimada.
-
Porque a água que se bebe,
é a
água manchada de sangue.
-
Porque as quietudes das noites,
são
quebradas pela incerteza.
-
Porque os dias que passam,
são
dias que não mais passam.
-
Tenho o meu ventre inchado,
pronto
a parir maquinismos
e
homens que são títeres,
para
semearem a morte.
-
Tenho um grande hospital,
para
dar aquilo
que
nos obrigam a roubar,
impelindo-nos
para o abismo
da
morte ou da invalidez…
e
como indeminização?...
-
Uma medalha…
Algumas
a titulo póstumo,
daqueles
que eram o sustento das viúvas
e
até dos próprios pais.
- 10
de Junho.
Dia
da Raça.
Mas
que raça?...
Raça
de autómatos sorridentes.
Bem
vestidos. A desempenharem a sua função:
-
Medalhar! Medalhar! Medalhar!
-
Onde estão eles que não nos vem visitar?
-
Honrai a Pátria, que a Pátria vos contempla.
Como?
Assim!...
Não!...
- Dizem eles.
-
Mais vale viver desonrado,
do
que morrer ou ficar aleijado.
Luís
Jorge
1 de
Agosto de 1969
Mueda
– Moçambique
África
Oriental Portuguesa
-
Post Scriptum: Dia do meu 24.º aniversário
(Será
que alguém vai ler isto?)
Luís Jorge (Ferreirinha Júnior)
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