sábado, 27 de março de 2010
ALICE NO CÉU
A
Alice com imensa saudade...
quando alice
chegou ao céu
tinha à sua espera
um anjo
com um sorriso
igualzinho ao seu.
ao vê-la, disse-lhe:
- entra, alice!
que o céu
sempre te pertenceu!
bem junto
à porta da entrada,
um grupo de anjos
colocou
um banco
com ripas de madeira…
…é nele que alice
sempre sorridente,
descansa a sua
canseira…
eduardo roseira
In: "o sorriso de deus"
Imagem: Foto montagem de eduardo roseira
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saudade
dois poemas - "Antes do fim" e "Fim"
ANTES DO FIM…
antes do fim
aproveitarei
todos os tubos
e sondas
com torneiras
bem abertas
para sorver
a vida…
…e…
até à última
gota de soro
serei poema…
eduardo roseira
Maia
21/Março/2010
--------------------------------------------------------------
FIM
…entre o terror da morte
e a esperança
da eutanásia…
eduardo roseira
Maia
21/Março/2010
antes do fim
aproveitarei
todos os tubos
e sondas
com torneiras
bem abertas
para sorver
a vida…
…e…
até à última
gota de soro
serei poema…
eduardo roseira
Maia
21/Março/2010
--------------------------------------------------------------
FIM
…entre o terror da morte
e a esperança
da eutanásia…
eduardo roseira
Maia
21/Março/2010
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quinta-feira, 25 de março de 2010
FAMÍLIA
I
Aos meu filhos Helena e Mário.
...folha
a folha
se alicerça
o futuro
da família.
nascem folhas
em amor renovado
que colocam
as amarguras de lado...
...é a vida
na sua lógica
a alimentar
a àrvore
geneológica.
II
A meu Pai nos dois anos de partida.
...ramo
a ramo
se constrói...
a àrvore
geneológica.
ida
a
ida
de adeus
em adeus
se destrói...
penso para mim:
- esta àrvore...
"jánãoélógica" *
eduardo roseira
* palavreando o Poeta angolano, Ondjaki
Aos meu filhos Helena e Mário.
...folha
a folha
se alicerça
o futuro
da família.
nascem folhas
em amor renovado
que colocam
as amarguras de lado...
...é a vida
na sua lógica
a alimentar
a àrvore
geneológica.
II
A meu Pai nos dois anos de partida.
...ramo
a ramo
se constrói...
a àrvore
geneológica.
ida
a
ida
de adeus
em adeus
se destrói...
penso para mim:
- esta àrvore...
"jánãoélógica" *
eduardo roseira
* palavreando o Poeta angolano, Ondjaki
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domingo, 21 de março de 2010
DIA MUNDIAL DA POESIA - Brinde do Ecos do Meu Pátio, com um poema de Kim Berlusa
Hoje não falo, nem falarei
de poesia.
De tudo me alhearei
e tudo farei
para deixar a mente
completamente vazia.
A poesia é uma serpente
que se aperta e que se enleia
em torno da ideia.
A poesia é uma corrente
estranha e incerta
é uma maré
onde de repente, se não
estamos alerta
perdemos o pé.
Assim hoje decidi
que quero deixar
a mente completamente
vazia.
Por isso hoje
não falo nem
falarei de poesia!
Kim Berlusa - Porto
de poesia.
De tudo me alhearei
e tudo farei
para deixar a mente
completamente vazia.
A poesia é uma serpente
que se aperta e que se enleia
em torno da ideia.
A poesia é uma corrente
estranha e incerta
é uma maré
onde de repente, se não
estamos alerta
perdemos o pé.
Assim hoje decidi
que quero deixar
a mente completamente
vazia.
Por isso hoje
não falo nem
falarei de poesia!
Kim Berlusa - Porto
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Kim Berlusa
segunda-feira, 15 de março de 2010
TEU TUDO
tua boca
sal
manhã.
teus olhos
céu
a brilhar.
tuas mãos
afago
divinal.
teu corpo
diva
sensual.
teu odor
corporal
perfume.
teu sexo
flor
eterno
desabrochar.
teu tudo…
neste
pouco
para te dar.
eduardo roseira
sal
manhã.
teus olhos
céu
a brilhar.
tuas mãos
afago
divinal.
teu corpo
diva
sensual.
teu odor
corporal
perfume.
teu sexo
flor
eterno
desabrochar.
teu tudo…
neste
pouco
para te dar.
eduardo roseira
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tudo
domingo, 14 de março de 2010
ESTA SEDE...
esta sede
de palavras
esta sede
de carícias
esta sede
que trago
na sede
que tenho
de ti…
de palavras
esta sede
de carícias
esta sede
que trago
na sede
que tenho
de ti…
sexta-feira, 12 de março de 2010
PASSO A PASSO
passo a passo
descanso
o cansaço
na ternura
do teu regaço.
o teu abraço
dá-me espaço
único
para te
declamar.
eduardo roseira
descanso
o cansaço
na ternura
do teu regaço.
o teu abraço
dá-me espaço
único
para te
declamar.
eduardo roseira
quinta-feira, 11 de março de 2010
CARTA AO MEU FILHO - escrita à treze anos.
Porto, 11 de Março de 1997
Meu querido menino,
Já lá vão oito meses, desde quando a tua Mãe foi fazer a primeira ecografia, a qual nos mostrou que estava tudo bem e que eras rapaz. Só queria que tivesses visto a sempre sorridente cara da tua mãe a conter o maior sorriso que algum dia lhe tinha visto, ao mesmo tempo que, conhecendo-a como conheço, ouvi dentro do seu peito a soltar-se um enorme grito, bem na moda de: - «yESsss!!!». Eu, pela minha parte nem sei como consegui reprimir uma lágrima de felicidade que se ficou pelo canto do olho, ao mesmo tempo que o meu coração batia bem mais forte ao receber tão boa notícia.
De imediato, começamos a fazer projectos em tons de azul-bébé!
Hoje ao fim de nove meses e alguns dias de gestação normal, nasceste com uma boa batida de coração, com quatro quilos e a medir cinquenta e dois centímetros e meio. Graças a Deus, com saúde! A tua Mãe está bem.
Nunca esquecerei o momento em que a enfermeira-parteira te colocou nos meus braços. Estavas a dormir tranquilamente como um anjo. Se é que os anjos dormem. Ao pegar-te, senti não o teu peso, mas sim o da responsabilidade por te guiar nos primeiros passos da tua vida, desde as noites em que com dores nos irás “atrapalhar” o sono e nós quase sem saber o que mais te fazer para as mesmas passarem; depois virão as gracinhas; as primeiras palavras; o primeiro passito e tudo o mais que irás fazendo ao longo do teu crescimento. Até que um dia, já contigo a “palrar” que nem um papagaio, chegará a altura das interrogações naturais que te irão surgindo com o passar dos dias e então colocarás imensos porquês!? Para uns as respostas ser-te-ão dadas de imediato, de tão evidentes que são as questões, outras porém, ficarão sem qualquer resposta. É que há certos “porquês” que não tem “porquê” de existir, tais como:
- Os meninos sem pão! Os meninos com guerra! Os meninos sem a alegria de um Lar! Os meninos sem amor!
A estes e a outros “porquês” não te saberei dar respostas concretas e infelizmente sou levado a crer que nos muitos anos que tens à tua frente, nunca encontrarás respostas ou alguém que tas saiba dar. Nem mesmo por parte daqueles que:
- Negam o pão aos meninos! Lhes dão guerras como prendas! Se recusam a ser pais! Não lhes dão amor! - Negando assim aos meninos o que há de mais belo, que é, o deixá-los ser meninos!
Penso que talvez o façam porque também eles nunca o foram. Da minha parte, espero vivamente que ao aperceberes-te de tudo isto não te tornes frio e cruel, e que mesmo quando fores homem, continues com a pureza dos meninos durante toda a tua vida. Por mim, peço a Deus que me ajude a dar-te a meninice a que naturalmente tens direito.
Beijos e carinhos para ti, meu menino, do Pai amigo.
(Eduardo Roseira)
P.S.- Ah! Já me esquecia, beijos da tua Mãe Maria José e muitos miminhos da tua irmã Helena Sofia.
Meu querido menino,
Já lá vão oito meses, desde quando a tua Mãe foi fazer a primeira ecografia, a qual nos mostrou que estava tudo bem e que eras rapaz. Só queria que tivesses visto a sempre sorridente cara da tua mãe a conter o maior sorriso que algum dia lhe tinha visto, ao mesmo tempo que, conhecendo-a como conheço, ouvi dentro do seu peito a soltar-se um enorme grito, bem na moda de: - «yESsss!!!». Eu, pela minha parte nem sei como consegui reprimir uma lágrima de felicidade que se ficou pelo canto do olho, ao mesmo tempo que o meu coração batia bem mais forte ao receber tão boa notícia.
De imediato, começamos a fazer projectos em tons de azul-bébé!
Hoje ao fim de nove meses e alguns dias de gestação normal, nasceste com uma boa batida de coração, com quatro quilos e a medir cinquenta e dois centímetros e meio. Graças a Deus, com saúde! A tua Mãe está bem.
Nunca esquecerei o momento em que a enfermeira-parteira te colocou nos meus braços. Estavas a dormir tranquilamente como um anjo. Se é que os anjos dormem. Ao pegar-te, senti não o teu peso, mas sim o da responsabilidade por te guiar nos primeiros passos da tua vida, desde as noites em que com dores nos irás “atrapalhar” o sono e nós quase sem saber o que mais te fazer para as mesmas passarem; depois virão as gracinhas; as primeiras palavras; o primeiro passito e tudo o mais que irás fazendo ao longo do teu crescimento. Até que um dia, já contigo a “palrar” que nem um papagaio, chegará a altura das interrogações naturais que te irão surgindo com o passar dos dias e então colocarás imensos porquês!? Para uns as respostas ser-te-ão dadas de imediato, de tão evidentes que são as questões, outras porém, ficarão sem qualquer resposta. É que há certos “porquês” que não tem “porquê” de existir, tais como:
- Os meninos sem pão! Os meninos com guerra! Os meninos sem a alegria de um Lar! Os meninos sem amor!
A estes e a outros “porquês” não te saberei dar respostas concretas e infelizmente sou levado a crer que nos muitos anos que tens à tua frente, nunca encontrarás respostas ou alguém que tas saiba dar. Nem mesmo por parte daqueles que:
- Negam o pão aos meninos! Lhes dão guerras como prendas! Se recusam a ser pais! Não lhes dão amor! - Negando assim aos meninos o que há de mais belo, que é, o deixá-los ser meninos!
Penso que talvez o façam porque também eles nunca o foram. Da minha parte, espero vivamente que ao aperceberes-te de tudo isto não te tornes frio e cruel, e que mesmo quando fores homem, continues com a pureza dos meninos durante toda a tua vida. Por mim, peço a Deus que me ajude a dar-te a meninice a que naturalmente tens direito.
Beijos e carinhos para ti, meu menino, do Pai amigo.
(Eduardo Roseira)
P.S.- Ah! Já me esquecia, beijos da tua Mãe Maria José e muitos miminhos da tua irmã Helena Sofia.
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filho,
treze anos
quarta-feira, 10 de março de 2010
procuro por ti...
procuro por ti
e pergunto às palavras
o porquê da tua ausência.
onde estás?
do vento,
que me traz
o odor do teu corpo,
não ouço
um sinal
sequer.
inquietantes
e angustiosos
são os instantes
que me trazem
a tua lembrança.
onde estás?
que te sei!
mas não encontro?
...de repente,
num assombro,
o sol disse-me de ti!
...e foi quando te vi,
como sempre,
a escutares a minha voz,
aninhada à sombra
das minhas palavras!
eduardo roseira
e pergunto às palavras
o porquê da tua ausência.
onde estás?
do vento,
que me traz
o odor do teu corpo,
não ouço
um sinal
sequer.
inquietantes
e angustiosos
são os instantes
que me trazem
a tua lembrança.
onde estás?
que te sei!
mas não encontro?
...de repente,
num assombro,
o sol disse-me de ti!
...e foi quando te vi,
como sempre,
a escutares a minha voz,
aninhada à sombra
das minhas palavras!
eduardo roseira
segunda-feira, 8 de março de 2010
POEMA MULHER
mulher – mãe - canção do nosso embalar
mulher - encanto - de todos os momentos
mulher – amor – no dar e receber
mulher – oração – sentido mor do nosso rezar
mulher – maior – de todos os sentimentos
mulher - poema - escrito ao amanhecer
eduardo roseira
mulher - encanto - de todos os momentos
mulher – amor – no dar e receber
mulher – oração – sentido mor do nosso rezar
mulher – maior – de todos os sentimentos
mulher - poema - escrito ao amanhecer
eduardo roseira
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Dia Mundial da Mulher
domingo, 7 de março de 2010
não há passado que me prenda....
não há passado que me prenda
não há futuro que me iluda
só há presente que me ata
apenas o momento…
…me liberta!…
eduardo roseira
não há futuro que me iluda
só há presente que me ata
apenas o momento…
…me liberta!…
eduardo roseira
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passado; presente; futuro
sábado, 6 de março de 2010
SENTINDO OS SENTIRES
A Leida Coelho
cumprir os dias
remar as marés
atropelar a pressa
fintar a espera
iludir o destino
repartir o silêncio
mastigar a saudade
queimar as lágrimas
resgatar a indiferença
aceitar as intempéries
abraçar o sol
escutar a tristeza
amanhecer as nuvens
afagar o berço
ver os olhares
ecoar o amor
sentir os sorrisos
e tudo fazer
sentindo os sentires.
eduardo roseira
cumprir os dias
remar as marés
atropelar a pressa
fintar a espera
iludir o destino
repartir o silêncio
mastigar a saudade
queimar as lágrimas
resgatar a indiferença
aceitar as intempéries
abraçar o sol
escutar a tristeza
amanhecer as nuvens
afagar o berço
ver os olhares
ecoar o amor
sentir os sorrisos
e tudo fazer
sentindo os sentires.
eduardo roseira
sexta-feira, 5 de março de 2010
terça-feira, 2 de março de 2010
VOTEM NO PALAVRAS VIVAS
Caros visitantes,
quero-vos pedir para apoiarem o meu projecto de performer poética "Palavras Vivas", votando no meu blog, clicando em:
www.superbock.pt/SuperBrand/Super_Blog_Awards_2009/Votar.aspx?blog=559aee6d-4b2d-4826-bc4f-197d87068340
MAIS DO QUE TER VOTOS NO REFERIDO CONCURSO, COM O VOSSO VOTO ESTÃO A AJUDAR-ME A DIVULGAR O PROJECTO DE POESIA.
A minha gratidão para todos vós.
Abraço,
eduardo roseira
quero-vos pedir para apoiarem o meu projecto de performer poética "Palavras Vivas", votando no meu blog, clicando em:
www.superbock.pt/SuperBrand/Super_Blog_Awards_2009/Votar.aspx?blog=559aee6d-4b2d-4826-bc4f-197d87068340
MAIS DO QUE TER VOTOS NO REFERIDO CONCURSO, COM O VOSSO VOTO ESTÃO A AJUDAR-ME A DIVULGAR O PROJECTO DE POESIA.
A minha gratidão para todos vós.
Abraço,
eduardo roseira
segunda-feira, 1 de março de 2010
PASSAPORTE
alba
esbelta
figura
corpo sereia
semblante risonho
cais de embarque
com destino
ao delírio
e passaporte
para o sonho!
eduardo roseira
esbelta
figura
corpo sereia
semblante risonho
cais de embarque
com destino
ao delírio
e passaporte
para o sonho!
eduardo roseira
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