Gosto de observar, plantado como uma árvore,
a linha que os aviões traçam no céu,
quando sobem rompendo os ares.
É verdade que hoje,
quando bastariam apenas alguns segundos
para que a humanidade desaparecesse num ápice,
debaixo (dizem)
de uma terrível nuvem alaranjada,
voar já não tem mistério.
Porém,
a altiva e bela diagonal
desenhada no azul transparente pelos aviões que partem
enche-me as medidas...
João Melo (Angola)
In: "Auto-Retrato",
Ed. Caminho, Lisboa, 2007
Imagem de: eduardo roseira
quinta-feira, 5 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
GEO-POÉTICA
há países
que são literatura
com paisagens
que são poemas
e um povo que os lê.
eduardo roseira
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