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domingo, 10 de maio de 2015

“Manual de Instintos Assassinos”, poesia de Eduardo Roseira




 LOCAIS DE VENDA

 PORTO

- Livraria Europa-América – Rua 31 de Janeiro

 

- UNICEPE – Praça de Carlos Alberto (esquina com a Praça dos Leões)

 LISBOA

- Livraria Barata-Leya – Av.ª de Roma

 

- Livraria Ler – (Campo de Ourique)

PODE TAMBÉM ADQUIRIR ATRAVÉS DO SITE DA EDITORA EM:

 


 

(a 9 euros com portes incluídos)

terça-feira, 14 de abril de 2015

MUEDA! QUEM ÉS TU?

- Eu sou o fulcro dessa balança,

a que chamam terrorismo.

 

- Sou o terror dos metropolitanos,

dos “coca-colas” e até dos turras.

 

- Porque o pó que se respira,

é o pó da pólvora queimada.

 

- Porque a água que se bebe,

é a água manchada de sangue.

 

- Porque as quietudes das noites,

são quebradas pela incerteza.

 

- Porque os dias que passam,

são dias que não mais passam.

 

- Tenho o meu ventre inchado,

pronto a parir maquinismos

e homens que são títeres,

para semearem a morte.

 

- Tenho um grande hospital,

para dar aquilo

que nos obrigam a roubar,

impelindo-nos para o abismo

da morte ou da invalidez…

e como indeminização?...

- Uma medalha…

Algumas a titulo póstumo,

daqueles que eram o sustento das viúvas

e até dos próprios pais.

 

- 10 de Junho.

Dia da Raça.

Mas que raça?...

Raça de autómatos sorridentes.

Bem vestidos. A desempenharem a sua   função:

- Medalhar! Medalhar! Medalhar!

 

- Onde estão eles que não nos vem visitar?

 

- Honrai a Pátria, que a Pátria vos contempla.

 

Como?

 

 Assim!...

Não!... - Dizem eles.

 

- Mais vale viver desonrado,

do que morrer ou ficar aleijado.

 

Luís Jorge

1 de Agosto de 1969

Mueda – Moçambique

África Oriental Portuguesa

 

- Post Scriptum: Dia do meu 24.º aniversário

(Será que alguém vai ler isto?)

 

Luís Jorge (Ferreirinha Júnior)

terça-feira, 16 de abril de 2013

ESTOU...

estou com pressa….
deixem-me passar…
estou com pressa
de ir para o emprego…
… que não tenho!

estou com apetite
para saborear o almoço
que não está na mesa!

estou com pressa…
para ir perder a viagem
que não me leva a qualquer lugar…
porque estou preso
num apeadeiro chamado desemprego!

estou com água na boca,
pelo jantar lá em casa…
onde me espera…
uma posta de “filet”…nenhum
acompanhada de pão seco
e muita, muita água!

estou com pressa…
e dou todo o meu tempo
p’ra ver o fim
desta minha e cruel mágoa!!!

eduardo roseira

segunda-feira, 1 de abril de 2013

...e quando estiver a morrer

... e quando estiver a morrer,
antes de partir, seja para onde for...
quero que ponhas nos meus lábios
uma pequena amêndoa de licor.

se não a tiveres à mão...
não te importes, não.

encosta os teus doces lábios
aos meus, 
meu amor!

eduardo roseira

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

PASSATEMPO

 Em 2013, possívelmente em Fevereiro, o "Palavras Vivas - stand-up Poetry", vai disponibilizar a todos os seus seguidores, uma surpresa, no âmbito das suas actividades.
O que será?
Os dois primeiros que acertarem vão ter direito a um prémio?
ACEITAM-SE PALPITES a partir deste momento!

Boa sorte!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

CONVITE à participação em colectânea de Poética do lavra...Boletim de Poesia

 
 
PARTICIPA NA Colectânea Poética -“DOCES LOUCURAS – Louvor aos sorrisos”, do lavra…Boletim de Poesia
 
A primeira colectânea que lançamos, foi a “Correntes… Louvor aos Rios”, em 2003, a qual terminava em jeito de repto com um poema de Luís Nogueira: “Soltem as amarras enaveguem://abracem o mar e voltem.// - Se puderem”, e foi assim que os nossos poetas, em 2004 regressaram e participaram na colectânea “azul(v)ejo – Louvor ao Planeta Terra”, a qual também em jeito de repto de continuação terminava com o poema de António Luia: “Juntos//percorremos//caminhos   veredas//qual   eco//novos passos//ditarão o regresso//com sabor a prazer…”, e mais uma vez os nossos poetas e amigos responderam ao apelo do retorno e juntaram-se em 2005 na colectânea poética “Valsa da Vida – Louvor à Vida e aos seus Prazeres”, a qual terminava com um poema de Mariana Oliveira, também ao jeito de novo desafio, a estarem presentes na próxima colectânea, que dizia: “Foi suave a Valsa…//que entre graves e agudos sons,//contigo dancei…//De prazer em prazer//tu e eu sentimos Vida//no ritmo das palavras…//- Promete-me meu louco, que voltas com o teu sorriso doce…”.
Pois bem, demorou, mas aqui estamos para vos lançar o desafio de participarem na quarta colectânea poética, que se intitula “Doces Loucuras – Louvor aos sorrisos”.
Contamos com as vossas participações, uns em jeito de regresso às nossas edições e outros pela primeira vez, mas TODOS a bem da causa que nos une e move, a Poesia.
As condições para a participação neste nosso projecto são as seguintes:
 
1. – Cada autor terá 3 (três) páginas e 5 (cinco) exemplares da obra;
1.1. - Cada página tem 30 linhas; cada linha até 45 caracteres (incluindo espaços) e deverão ser enviados, preferencialmente em suporte informático, em “Arial – 12”;
2. - A data limite de inscrição e entrega de trabalhos é até ao dia 15 de dezembro de 2012; através do e-mail: lavra.poesi@gmail.com ou para a nossa redacção – Rua Pereira da Costa, 156 – 2.º  4400 – 245   Vila Nova de Gaia;
3 – O valor de participação é de: € 30,00 (trinta euros), o qual deverá ser liquidado até 30 de dezembro de 2012;
4 - Na eventualidade dos autores desejarem mais exemplares, terão um desconto, de 10% (dez por cento), para não assinantes e de 20% (vinte por cento) para os nossos assinantes, sobre o P.V.P. (preço de venda ao público);
5 – Esta edição far-se-á com o número mínimo de 10 autores.
6 – Os livros serão entregues a todos os participantes, no dia do lançamento, que terá lugar em 2013, em dia e local a anunciar nas cidades de Porto e/ou Gaia.
7 – No caso dos autores não levantarem os livros no dia do lançamento, os mesmos serão enviados a expensas dos autores.
8 – A participação estende-se a TODOS, independentemente de serem ou não assinantes do lavra…Boletim de Poesia
A todos, desde já a nossa gratidão pela aceitação e colaboração na continuidade deste nosso projecto.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fernando Peixoto - 4 anos de saudade...

Onde estarás?

por ‎Maria Helena Peixoto‎ a ‎‎Quarta-feira, 3 de Outubro de 2012‎ às ‎3:17‎ ·‎
Sabes Pai,
A solidão é uma noite longa e escura...
E a tua ausência,
O calor e o brilho dos teus olhos,
São quebranto gelado...
Pergunto onde estarás...
E antes que respondas
Já a tua voz,
Quente carinhosa e forte,
Na minha mente se acendeu...
E escuto-te...
Sob a forma de poema,
Vejo-te nas tábuas do palco da Vida,
Ou no calor do raio de Sol...
Descubro-te entre as gotas de chuva...
Ou no cheiro intenso da terra molhada...
E eis que a resposta surge...
Doce pergunta feita saudade...
Onde estarás, Pai?
Estás em mim!
03.10.2012
HELENA PEIXOTO

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A VISITA DA SAUDADE...



Aos meus Pais, Maria Helena e Eduardo Roseira

 

um dia, sem bater à porta, aconteceu a visita da saudade…

a casa ficou com mãos de nada…

as paredes, vestiram-se de nudez…

o ranger da porta deixou de cantar…

de tristeza, as molduras, ficaram vazias…

as cortinas, outrora bordeaux, viraram cor da palidez…

o gato, esse, deixou de connosco falar…

as paredes, nuas…frias…

os móveis prontos a partir…

o silêncio das noites, invadiu os dias nesta casa solidão…

por detrás dos armários, as teias, agora são rugas…

o que antes falava da história da casa, é agora velha tralha…

as prateleiras, plenas de cultura, estão ocas…nuas…

o tapete, primeira serventia da casa, já só atrapalha…

num canto, esquecida, uma jarra de rosas murchas, solta um lamento…

do velho relógio, ainda na parede, o cuco já não sorri…

é a invasão da tristeza em lume brando e tempo lento…

o piano, agora desafinado, em desafio toca um dó, em lugar dum si…

a ferrugenta gaiola de vazia, emudeceu…

num constante martelar a saudade, apenas o “ping…pang…ping…pang…”

da torneira do lavatório, como que reclamando o seu eterno adiado arranjar…

perdido neste silêncio,  ecoa um fado saudade, tocado no avariado gira-discos …

colado na parede do escritório, o amarelecido mapa…da geografia da vida,

já não nos seduz para qualquer destino…

a carunchosa credência, junto à entrada, aguarda a chegada do lixeiro,

e ironicamente, na sua gaveta conserva uma velha cautela que a vida não premiou…

 

...eis a história do dia em que dentro da casa a saudade se instalou…

 

Eduardo Roseira

 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

RIO DA MINHA SAUDADE...

 
Foto tirada às 17 HORAS num dia de Agosto de 2012
 
 
olhando as imagens
deste meu rio douro,
o meu coração chora
saudosamente
"...a sua beleza a qualquer hora..."
vejo e sinto:
"...os ocres e amarelos
que se esbatem na névoa...
o branco e a história que se beijam..."
imagens do rio
das gentes
da cidade
lembranças
"...das cores, dos cheiros...
...das neblinas..."
deste
"...rio da minha saudade!..."
 
eduardo roseira
(Escrito em 27 de Agosto de 2012, com base nas frases,
que estão "entre aspas", que são da autoria de Marta Cordeiro,
em comentários às minhas fotos, postadas no Facebook)
 
 
Foto tirada às 07 HORAS num dia de Agosto de 2012

 
 
 


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Festas da Sr.ª do Amparo - 2012


lágrimas fogo
pendem em cachos d'ouro
das faces negras do céu.
nuvens de fumo
escondem o rubro-verde
de cintinlantes cordões
que se abraçam
ao brilho anil
que vem beijar
docemente as águas
calmas do tua.
olhares mil
mil olhares
agradecem sem reparo
as bençãos
da nossa senhora do amparo.

eduardo roseira
5/Agosto/2012
Mirandela


Fotografia de: Maria José Roseira

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Carnaval da Estupidez


Só a indumentária mudaram os algozes.
Insolente dicurso sobe ao púlpito
para democratizar o medo onde festejam
as incongruências desde tempo incelebrável.

Pátria ainda chamamos em comum a este lugar
onde acoitamos as ind´zíveis ânsias dos eleitos.
Desengravatados para o carnaval da estupidez
os néscios não cabem na tribuna do riso insufragado.

Nelson Saúte (Moçambique)
In: "A Viagem Profana"


Imagem: Google.com

terça-feira, 3 de abril de 2012

ESCREVO-ME


…na dor do meu sorriso
levo a vida a cantar
…no sofrer do meu sorrir
engano a dor
do sentir
o gosto amargo do sorriso

e em cada nova dor
descubro um novo sorriso
porque conservo em mim
uma alma cheia de sorrisos
e sorrindo
escrevo-me
escrevendo

eduardo roseira

domingo, 25 de março de 2012

frente a frente... - um poema do real escrito no Dia Mundial da Poesia


frente a frente
tu de Ipad na mão
lês um e-book.
eu, folheio um livro.

tecnologicamente
sorris para mim.
eu, faço de conta
que não sinto o teu olhar
e viro mais uma página
do livro que me deixa
na mão rastos de tinta.
tu, sorris orgulhoso
exibes o Ipad, com pinta
que tem o tal e-book.
estás no virtual.
o meu livro tem gralhas,
defeito de ser tão real.
além disso o meu livro
não tem truques
e está isento de vírus
e cooquies…
tu continuas de Ipad na mão,
todo prazenteiro.
eu, página a página
disfruto o livro
e feliz sinto
o seu cheiro!

eduardo roseira
VNGaia
21-3-12
Dia Mundial da Poesia
(História verdadeira de um frente a frente, 
entre um livro e um Ipad, durante uma 
viagem de metro.)

quarta-feira, 21 de março de 2012

"O Poema Pode Ser", de Aristides Silva, no DIA MUNDIAL DA POESIA












Aristides Silva a dizer poesia na Biblioteca Municipal de Gaia


Antes de mais, o poema
é sentido e pensado
e só depois é escrito.
Pode ser lido ou dito,
cantado e até musicado.
Mas, muito mais do que isto,
o poema deve ser
divulgado e vivido!
Não só por quem o sentiu
mas também por quem o disse,
cantou, leu,
ou apenas o escreveu.
O poema, para o ser,
deve mudar, transformar
em ser o que é parecer!
Não necessita rimar.
O poema pode ser
um triste fado ou canção.
Hino ou balada.
Tudo ou nada.
Pode ser soneto ou quadra,
com refrão, sem estribilho.
O poema, após nascer,
é para o poeta um filho
que, embora escrito à mão,
saiu do seu coração!

Façamos versos, pois então!...

Aristides Silva


Imagem de: José Mário Roseira