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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

UMA QUESTÃO DE MEDIDAS

Já lá vão cerca de vinte e cinco anos a esta parte, que por uma questão de medidas deixei de fumar. Não medidas colocadas por questões de saúde e muito menos medidas impostas por qualquer lei ou norma governamental. Foram apenas medidas. Mas adiante.
Não vou, nas linhas que se seguem, deixar avisos contra os malefícios que advém do prazer do acto de fumar, mas sim por estar totalmente contra a campanha anti-tabaco, que obriga os fabricantes a colocar alertas garrafais nos maços de cigarros. Penso que não terá sido esta a melhor forma de combater um produto que fazendo mal à saúde, enche os cofres das finanças, a bom encher. Entendo que não há nada como aumentar o preço do tabaco, desde que a maior parte do dinheiro seja dirigida para o IPO – Instituto Português de Oncologia e não para as Finanças.
Quanto a mim, continuo a achar que a referida campanha é ridícula e por assim a entender, venho propor a quem de direito alguns possíveis slogans, para serem utilizados não nos maços de tabaco, mas sim noutros espaços.
Por exemplo, nos acessos à IP-5 e IP-4 poderiam colocar o seguinte aviso: “Este itinerário prejudica gravemente os seus utentes”; outro poderia dizer, “Atenção, este bairro tem produtos prejudiciais à sua saúde”; ou então “Este lugar de estacionamento, apesar de pago, é um risco para a pintura do seu automóvel”, e já este outro “As SCUT’s são prejudiciais às estradas secundárias.” etc..
Mas que a campanha é ridícula, lá isso é, muito especialmente quando é sabido que existem equipas ligadas ao sector do Ministério da Saúde e outros, que estão a fazer um estudo, em fase já avançada, para, e como forma de combater o consumo de estupefacientes/drogas, se legalize o consumo da cannabis.
Quanto à medida que me levou, ao fim de vinte e cinco anos, a deixar de fumar, foi apenas a de um certo dia, a força de vontade ter batido à minha porta, quando orgulhosamente olhei para o cigarro que tinha entre os dedos, medi-o de alto a baixo e disse-lhe: “Anda esta coisinha de sete centímetros a dominar-me a mim que tenho mais de metro e meio! Isso é que era bom!”
Nunca mais voltei a fumar, e embora me sinta bem no aspecto de saúde, garanto-vos que após uma boa refeição, ainda sinto saudade do prazer de fumar, mas lá tenho resistido às poucas vezes que a tal sou tentado, talvez porque nessas alturas me lembro que afinal…
…é tudo uma questão de medidas....


Eduardo Roseira

1 comentário:

fernando disse...

Reconhece lá que tens é uma vontade enorme de chegar a velho, já que a eternidade não é fácil... Estás quase a conseguir, mas eu que sou fumador, também. Abraço.