quinta-feira, 18 de setembro de 2008
AS MEDALHAS DO NOSSO ORGULHO - Uma lição de carácter, simplicidade e nobreza
Terminaram os Jogos Paralímpicos de Pequim, de onde os nossos atletas trouxeram 7 medalhas, a saber:
Ouro - 1
- João Paulo Fernandes – Boccia – BC1
Prata - 4
- António Marques – Boccia – BC1
- Bruno Valentim/Fernando Pereira – Boccia – BC4 – Pares
-Cristina Marques/Fernando Pereira/João Paulo Fernandes/António Marques - Boccia – BC1/BC2 – Equipas
- Luís Gonçalves – Atletismo – 400metros – T2 – (Amblíopes)
Bronze - 2
- Armando Costa/Mário Peixoto/Eunice Raimundo – Boccia – BC3 – Pares
- João Martins – Natação – S1 - 50 metros costas
Não são necessários muitos comentários, de qualquer dos modos impõe-se colocar algumas questões:
- Os nossos valorosos atletas Olímpicos, Carlos Lopes e Rosa Mota, na sua qualidade de primeiros medalhas de ouro olímpico portugueses, foram devidamente condecorados, milhentas vezes homenageados, até existem pavilhões e ruas a que deram os seus nomes! NADA CONTRA!... Mas digam-me que homenagens e demais benesses fizeram aos primeiros atletas Paralímpicos? Atletas esses, que em 1984 trouxeram QUATRO (4) MEDALHAS DE OURO? Nesse ano Portugal fez-se representar pela segunda vez nos Jogos e trouxe de lá mais TRÊS (3) medalhas de PRATA e TRÊS (3) de BRONZE, ou seja um total de QUINZE (15) medalhas!
Sabem onde está a primeira mulher atleta Paralímpica que ganhou uma medalha de ouro? Está algures no interior deste País, num lar, juntamente com os pais, as medalhas e a amargura do esquecimento, sem o mínimo reconhecimento.
Os nossos atletas Paralímpicos, ao longo de oito Jogos, trouxeram para o nosso País, um total de OITENTA E OITO (88) medalhas, respectivamente, vinte e seis (26) de OURO; vinte e nove (29) de PRATA e trinta e três (33) de BRONZE.
Tudo isto tem sido alcançado, com muito querer e força de vontade, para aí com a terça parte, ou menos ainda dos apoios que sempre tiveram os atletas olímpicos!
E é também aqui que eu entendo, que atitudes como estas de falta de apoios iguais aos seus pares olímpicos, são nada mais, nada menos do que pura discriminação!
Desde o início dos Jogos até ao final (sem queixinhas) levaram bem alto a nossa bandeira, dando uma lição de carácter, simplicidade e nobreza…
eduardo roseira
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