quantas horas? despertas
as madrugadas que não voltamnem as asas de um qualquer desespero
teus nervos a sofrer um ataque
dissimuladoesperas, aguardas, submetes-te ao odor do frio
já tens medo da noite?
ao redor das colinas, nas sebes
o Outono sobe, rebeldeassistes ao parto do silêncio:
sei, algo morreu primeiro
do teu gemido já só sabes o gesto!do sono perdeste a memória
o ranho do sonho explode longe
donde não podes ouvir sequer a sombra
arromba
os trajes com que vestes o mundo que não existe escava
fundo, finda, funda alma cansa
cala
teu silêncionão ouves
um bater de folhas
a bofetada do vento
a rábula do tempo
incerto devoras as horas
vislumbras as raízes da madrugada sei, algo nasceu ao mesmo tempo
que a morte do sono teu
estranha fome a tua
tens a vaga
porque desejas o mar?
luís nogueira
7 de Maio de 2009
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