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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

RIMAS SACÂNICAS

Neste pedaço à beira mar entalado,
vive um povo de massa pouca.
País de futuro sempre adiado
e de mandantes com cérebro de vaca louca.

Terra de lusos costumes perdidos,
em troca de modas europeístas.
Os pobres estão cada vez mais lixados,
por culpa dos novos golpistas.

O dinheiro é tão pouco, tão pouco,
Que mal dá p’rá bucha de pão.
Quem não se desenrasca, dá em louco,
ou acaba a fazer hamburguer’s do cão.

Democracia sem rei, nem roque,
onde o Presidente vai a festas reais.
Há já mesmo até quem troque,
a casaca aos novos ideais.

Os polícias vão p’rá prisão.
Os ladrões passeiam na rua.
É enorme a confusão.
A democracia vai nua.

A Deus, o povo suplica,
numa sentida prece.
Porque o governo multiplica
a taxa do I.R.S..

Engorda a entidade patronal,
enquanto o “Zé” continua mal.
Alimenta-se a central sindical,
com mais uma greve geral.

Abril deu-nos a democracia.
Agora querem a regionalização.
É ver quem mais se avia,
a ocupar os tachos desta Nação.

Juntinhos para todo o sempre,
andam os “boys” desta Nação.
Assim haja “job’s” p’ra toda a gente,
pois não lhes falta bajulação.

Assim são os “boys” da Nação,

a pedir “job’s” para todos.
Pouco lhes importa a corrupção,
assim corra a “massa” a rodos.

Vai nú, o rei Cavaco,
neste País sem roque.
Mal se ganha p’ró tabaco
e da caixa não sai toque.

È geral a confusão,
graças à democracia.
É tanta a corrupção,
nesta Cleptocracia.

Eduardo Roseira
        23-11-11

Imagem: sapo.pt

1 comentário:

Unknown disse...

Uma sátira actual para gozo político

O rei cavaco anda mesmo nú de boas sábias ideias