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domingo, 3 de agosto de 2008

PÁTRIA

O DOIDO, na escuridão:

Tive castelos, fortalezas pelo mundo...
Não tenho casa, não tenho pão!...
Tive navios... milhões de frotas... Mar profundo,
Onde é que estão?... onde é que estão?!...
Tive uma espada... Ah, como um raio, ardia, ardia
Na minha mão!...
Quem ma levou? quem ma trocou, quando eu dormia,
Por um bordão?!...
E tive um nome... um nome grande... e clamo e clamo,
Que expiação!
A perguntar, a perguntar como me chamo!...
Como me chamo? Como me chamo?...
Ai! não me lembro!... perdi o nome na escuridão!...

[…………]

Guerra Junqueiro

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