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sábado, 11 de abril de 2009

Poema de João de Melo



SINAIS DOS TEMPOS

Uma pressa com duas vendas nos olhos
Duas mãos fantasmáticas perdidas no ar
Uma infiltração de água na coluna
Um riso estúpido bloqueando as narinas
Um pêndulo amnésico entre as pernas


João de Melo (Angola)
In: “Auto-retrato”

(desenho de: eduardo roseira)

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