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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ES...QUE...CIMENTO...



sem folhas
despida
quase nua
a àrvore
            ainda erguida
num terreno
da minha rua
sobrevive
esquecida
à sombra de uma grua
amarela.
de quando em quando
espreito
da minha janela
e lanço a lanço
vejo o crescer
de paredes cimento
e assisto ao morrer
da àrvore no seu descanso
em lento...
muito lento
es...que...cimento...
................
................
assumi
de novo à janela
passadas algumas luas
e a àrvore já não vi...
...no seu lugar
existiam
mais duas gruas...

 eduardo roseira
    VNGaia
8-Outubro-2009
In:"20 anos Poesis/20 poemas"
(Imagem: sapo.pt)

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