domingo, 27 de dezembro de 2009
O NATAL E O NATAL
Imaginem o vosso espanto, se de repente vos aparecesse pela frente alguém que vos dissesse:
- Eu não gosto do dia de Natal!
Com certeza, que ao ouvirem tal afirmação, umas pessoas ficariam chocadas, outras até estupefactas.
Eu pessoalmente, já não fico duma maneira nem doutra, ao ouvir tal frase.
Aceito normalmente, que as pessoas assim pensem, pelo facto de que eu conheço alguém que costuma dizer que não gosta do dia de Natal e que, para além de ser meu intímo amigo, é aquilo a que se pode chamar de, um homem com “H” grande!
Este meu amigo é das poucas pessoas que tem a coragem de dizer aquilo que pensa, tendo contudo, o cuidado de respeitar sempre as opiniões dos outros, mesmo quando são opostas à sua forma de estar, (coisa muito rara nos tempos que correm!...).
Mas, para exemplificar melhor a sua maneira de ser e pensar, este meu amigo, ao dizer que não gosta do Natal, dá como razão principal, nada mais, nada menos, do que o seu nome:
- MANUEL ANTÓNIO NATAL!
E é por via deste seu último nome, que ele afirma não gostar da quadra que recentemente festejamos.
Diz ele, com um ar de graça, mas cheio de convicção, que não tem necessidade do Natal para o ser, pois ele já o é desde que foi à pia baptismal.
Aos mais intímos, como eu, ele diz que aquilo que mais adora ver no Natal, é precisamente o que gosta de assistir durante todo o ano:
- O brilho dos olhos de uma criança, que sorri cheia de felicidade!
Ao dizer isto, o meu amigo, Manuel António Natal, transmite aquilo que de bom ele tem e é, na realidade, ou seja:
- Um bom homem!
Ele é mesmo, daquele tipo de pessoas, incapaz de mentir aos outros, com receio de se enganar a si próprio.
É uma pessoa que: - Adora a sua família; ajuda os pobres; olha pelos idosos; dá de vestir aos nús; dá comida aos que tem fome; visita os reclusos e doentes; faz imediatamente as pazes com os que lhe querem mal (coisa difícil); dá brinquedos e ternura às crianças! E faz tudo isto sem ser rico. Aliás a sua riqueza não é a do dinheiro, mas sim a dos valores!
Enfim, o meu amigo Natal, também se podia chamar, Paz, Amor, Fraternidade ou Alegria, que qualquer um destes nomes lhe assentaria perfeitamente.
Entre ele e eu só existe uma diferença.
É que a família, os pobres, os idosos, os nús, os que tem fome, os reclusos, os doentes, os amigos, os inimigos, as crianças e o ser bom, para ele são coisas que existem e das quais se lembra durante todos os dias que o ano tem. Enquanto que para mim, o Natal tem sido só em Dezembro!
Afinal, dou a mão à palmatória, é que ao dizer que não gosta do Natal, que tem mesmo razão é o meu amigo:
- Manuel António Natal!
eduardo roseira
(imagem: sapo.pt)
Etiquetas:
anti-natal; eduardo roseira; crónica
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