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sábado, 9 de janeiro de 2010

JÁ NÃO ERGO A MINHA TAÇA (ainda o Natal)



por cada natal
que passa
já não ergo
a minha taça,
entristecido
por saber
que o pobre
está cada vez
mais pobre,
tão pobre
de teso,
que já perdeu
a conta
ao seu peso.

já não ergo
a minha taça
por cada natal
que acontece
e solto
a enorme praga,
que o “grande”
me merece,
por sabê-lo
podre de rico,
tão rico,
que não sabe
o valor do seu peso,
por tão empanturrado
de obeso.

já não ergo
a minha taça
por saber
que há fome
em meninos
nus de corpo
e de alma,
que só tem direito
a brincar,,,
com os próprios
dedos da mão
de tão pobres,
pobres,
que eles são.

por cada natal
que passa
já não ergo
a minha taça,
por saber
que outros meninos
deitam fora
pães inteiros
e partem brinquedos
sem conta,,,
e o pior!
é que o fazem
pela vida fora.

já não ergo
a minha taça
por cada natal
que me surge,
porque a minha
alma, grita…
se insurge!
perante as inverdades
que acontecem
todos os dias
da semana,
sejam, domingo,
terça e até nas
“quintas”…
num desfile
de baixa categoria,
feito pela ditas
supertias…
quero eu dizer:
- por essas autênticas…
…pros…ti…tu…t(i)as!



eduardo roseira

(imagem: sapo.pt)

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