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domingo, 31 de janeiro de 2010

O PAPEL SORRI


silenciosamente,
de forma quase inaudível
o lápis sussurra palavras ao papel.
e o papel sorri.

letra após letra,
o lápis acaricia
a alva folha
que de felicidade sorri.

do lápis
as ideias brotam
sobre o papel
e ambos fazem nascer
a poesia.

lápis e papel
trocam afagos com letras.
dão abraços com palavras.
são sentimentos
através das ideias
e em conjunto constroem o poema
até à palavra fim.

(…o lápis cansado
deita-se em merecido descanso…
…enquanto de alma preenchida
o papel sorri.)


eduardo roseira
In: “o sorriso de deus”

(imagem: sapo.pt)

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